Supernatural ganha fôlego extra
Mudança de produtor garantiu retorno da série às origens
Uma das séries mais longas da atualidade segue firme, mais pode ter sua última temporada se iniciando esse ano.
Mudança de produtor garantiu retorno da série às origens
Uma das séries mais longas da atualidade segue firme, mais pode ter sua última temporada se iniciando esse ano.
Supernatural - 11ª Temporada | Crítica
Supernatural teve o
retorno para a 11ª temporada marcado por um dos hiatos mais longos já
enfrentados pela série. Fator que, somado a tensão dos últimos
acontecimentos da 10ª temporada, só contribuiu para
aumentar a ansiedade do público, fazendo a série bater um de seus
recordes de audiência no episódio de estreia, sendo também uma das
maiores aberturas do ano da CW. Números que representaram uma agradável
surpresa, considerando a longevidade do programa.
Conhecida por suas seasons finales de tirar o
fôlego - onde tudo vira de cabeça para baixo, o próximo grande problema
é apresentado e um dos irmãos morre ou fica extremamente próximo disso -
o décimo ano terminou no meio da caçada de Rowena (Ruth Connell) pela cabeça de Crowley (Mark Sheppard), com Castiel (Misha Collins) totalmente enfeitiçado e sendo mera marionete da bruxa, a Morte (Julian Richings) morta e Sam (Jared Padalecki) libertando a escuridão em uma última tentativa desesperada de remover permanentemente a marca de Caim gravada em Dean (Jensen Ackles).
A nova temporada começa exatamente onde a anterior parou, com os irmãos
Winchesters dentro do Impala tentando escapar do local em que a
Escuridão foi libertada. Dean tem seu primeiro encontro com a poderosa
figura, que se mostrou muito mais pacata do que o esperado.
Mesmo com tanta expectativa e fãs devotados à série, o
retorno não foi muito aclamado. A promessa de uma volta às origens
começou a ser questionada após um começo sem ritmo ou emoções, passando a
impressão de que os três primeiros episódios eram um grande “filler”
dividido em partes. A virada de espírito veio com “Baby”, o quarto
episódio, narrado pelos olhos do Impala. A partir deste ponto tudo
começou a andar, seguindo o formato das temporadas iniciais. Dean e Sam
pareceram finalmente entender que funcionam melhor quando se unem para
lutar contra qualquer ameaça e não entre eles. Crowley e Castiel, apesar
de constantes e de extrema importância para o enredo, não foram mais
tratados como protagonistas, chegando a nem aparecer nas histórias
focadas nos irmãos.
Episódios cheios de nostalgia mostraram flashbacks da
infância dos dois – destaque para “Just My Imagination” (s11e08), em
que os irmãos ajudam o antigo amigo imaginário de Sam, em um arco
hilário e, ao mesmo tempo, tocante. Também voltaram ao programa o
instinto protetor da dupla e até mesmo o bom e velho lema dos
Winchesters, que há muito parecia ter sido esquecido - “salvar pessoas, caçar coisas, o negócio da família”. Essa reviravolta da temporada se deve à saída de Jeremy Carver, produtor-principal desde o oitavo ano. Robert Singer,
produtor-executivo desde o episódio-piloto, assumiu o cargo. Membro
oficial da equipe, sem nunca ter se afastado do projeto, além de assinar
um grande número de episódios como roteirista e diretor, Singer sabe
como manter o foco sempre na família, seguindo a proposta original do
criador Eric Kripke.
A temporada seguiu extremamente balanceada,
surpreendendo com novas criaturas, trazendo antigos personagens para
matar a saudade, mantendo as boas e velhas “piadas de quinta série” que
dão o tom de deboche dos irmãos e retomando a mitologia em torno dos
Homens das Letras. Uma vez resolvidos os conflitos entre Dean e Sam, a
trama passou a ficar entre céu e inferno. Após um dos maiores mistérios
terem sido revelados e Chuck (Rob Benedict) assumir ser Deus, acompanhamos Lúcifer (Mark Pellegrino) sair da jaula, com direito a birra por um pedido de desculpas e muitos outros anjos ressentidos.
A escuridão, que se apresentou inicialmente como um bebê, cresceu rapidamente ao longo dos episódios. Batizada como Amara (Emily Swallow), ela teve momentos hilários com o Rei do Inferno, que tentava ser um "bom pai". O
conflito contra Amara fez alianças inesperadas, em sequências bem
construídas. Apesar da quantidade de personagens e intensidade das
interações, a confusão foi evitada. No entanto, após muita propaganda
sobre o tamanho da ameaça que a Escuridão representava, foi fácil demais
derrotá-la. Uma grande surpresa foi deixada para a última cena. Quando
já se considerava a temporada terminada, apesar de nenhum dos irmãos
ter morrido, Amara resolve dar um presente para Dean: Mary Winchester,
sua mãe, retorna à vida.
O desfecho despertou muitas dúvidas e especulações entre os fãs
agora que o último grande mistério da série parece ter sido resolvido.
Será que com Deus de volta, o céu finalmente voltará a ordem? Dean e Sam
ainda precisarão caçar? Uma vez que a morte de Mary foi o estopim para
toda a jornada dos Winchesters, seria a volta dela o fim? Sam se
recuperará? Dean finalmente poderá viver a vida com a mãe como sempre
sonhou? Os Homens das Letras terão sua história decentemente contada?
Fica realmente difícil saber o que esperar da próxima temporada, já que
nenhuma pista concreta foi dada neste último episódio. A sensação geral é
que a série realmente caminha para seu final. Segundo, Kripke, porém,
essa resposta está com Jared Padalecki e Jensen Ackles (leia mais). Enquanto os dois quiserem, a história dos Winchesters continua. Que venha então o 12º ano em outubro.
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