Águas Rasas | Crítica
Longa de sobrevivência acerta na protagonista, mas erra no ritmo
Crítica:
Filmes com a temática de sobrevivência têm o objetivo
de fazer o público pensar sobre a própria existência e valorizar mais o
que já possuem. Águas Rasas, longa dirigido por Jaume Collet-Serra (A Orfã, Sem Escalas), cumpre bem esse papel, apesar de pecar um pouco no ritmo da narrativa.
Na trama, a jovem Nancy (Blake Lively)
vai até uma praia deserta surfar para esquecer dos problemas. No
decorrer da história, descobrimos que o cenário tem uma grande
importância para a família da garota, e que ela própria está passando
por um momento conturbado da vida, o que a leva até o local em busca de
um pouco de paz.
Essa parte inicial, apesar de importante, se arrasta
mais do que o necessário. O longa tira vários minutos para simplesmente
mostrar Nancy curtindo o mar e se divertindo com as ondas, dispersando o
público quando deveria criar empatia. Apesar disso, vale citar que o
local escolhido para as filmagens é realmente paradisíaco e Collet-Serra
acerta muito na escolha de planos abertos para mostrar o quanto Nancy
é pequena em relação a natureza.
Em um desses momentos, Nancy está sozinha, quando
percebe uma movimentação na água: um grande tubarão começa a rodeá-la e
faz com que o caminho de volta para a praia fique praticamente
impossível. Ela se abriga em um algumas pedras que estão próximas e, já
ferida pelo primeiro ataque do bicho, espera por socorro. Blake Lively mostra uma qualidade interessante de atuação nesse momento, que chega a lembrar filmes como 127 Horas.
A personagem sofre com dor, frio, fome, sede e o medo constante do
tubarão, o que comprova na atriz uma evolução muito maior do que a de
seus colegas da série Gossip Girl (2007-2012).
Para mostrar o perigo representado pelo Tubarão do
filme, Collet-Serra também apresenta outras vítimas do predador. As
cenas dão um toque gore ao longa, que destoam um pouco do clima até
então, mas garantem que o drama de Nancy ganhe a gravidade necessária
para estabelecer a tensão. Isso, acima de tudo, funciona dentro da
proposta do filme, que consegue envolver o público com o sentimento de
sobrevivência.
Águas Rasas
se torna interessante por apostar em praticamente uma única atriz em
tela durante toda a projeção e por mostrar como o ser humano pode
compensar com raciocínio a sua fragilidade em meio a natureza.
Opinião sincera:
Filmes com tubarões e essa temática de sobrevivência sempre são interessantes, esse filme particularmente é muito interessante, desde o clássico Tubarão de Steven Spielberg não viamos um filme de tubarão tão tenso como esse que pecou apenas pela falta de ritmo a trama demora a se desenvolver e quando se desenvolve fica muito carregada fazendo o filme parecer um trailer de sobrevivência... daqueles que misturam música de tensão com música de rave frenética fazendo o coração do telespectador acelerar.
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