Eduardo Paes x Nintendo x Austrália
Eduardo Paes causando polêmica ás vésperas do início das olimpíadas.
Na madrugada desta quarta-feira, 27, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do PMDB,
participou do 'Programa do Jô', apresentado pelo comediante Jô Soares,
na TV Globo. Ele esteve na atração para falar sobre as expectativas dos jogos olímpicos
que sua cidade recebe oficialmente a partir do dia 05 de agosto, além
de polêmicas dos últimos tempos, como a mais recente, que envolveu a má
entrega de apartamentos na Vila dos Atletas, na Zona Oeste. Em dado
momento, Eduardo Paes começou a dar números para dizer que a Olimpíada
do Rio de Janeiro era melhor do que a que foi feita em Londres, na
Inglaterra, por exemplo.
O peemedebista disse que durante a candidatura do Rio em 2009, havia
algumas promessas. Segundo ele, todas não só foram cumpridas, como
também novos "legados" foram deixados para a cidade. O apresentador Jô
Soares achou estranho, citando casos como a Baía de Guanabara, a qual as
autoridades dizem tê-la despoluído em 41%, mas que recentemente durante
um treino de atletas da canoagem acabou quase provocando um acidente,
quando o barco do treino bateu em um televisor que boiava nas águas da
cidade maravilhosa.
Além do próprio Jô Soares, a "máscara" do prefeito carioca foi
derrubada horas depois. Na manhã desta terça-feira, o portal de notícias
G1 publicou que durante a campanha eleitoral de 2012 Paes realizou 40
promessas. A campanha aconteceu três anos depois da candidatura do Rio
de Janeiro para a Olimpíada. Muitos dos votos de Eduardo foram
adquiridos por cariocas que achavam bom a cidade receber os jogos. No
entanto, três anos e meio depois de iniciar o segundo mandato, Eduardo
só cumpriu completamente quinze de suas quarenta promessas. Duas delas
não foram realizadas nem mesmo em parte.
Já a maioria, 23, segundo o portal, não foram cumpridas
completamente. Esse número pouco deve ser alterado, já que o mandato do
peemedebista termina em dezembro. Ele tenta agora eleger o seu
candidato, Pedro Paulo, para o seu lugar. Pelo visto, as falas hoje são
desmentidas bem rapidamente.
Parece que o prefeito está mais preocupado com o Pokémon GO
Eduardo Paes pede game 'Pokémon GO' no Brasil antes da Olimpíada do Rio Prefeito fez apelo em rede social. Jogo não tem previsão de lançamento no país
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez um apelo curioso nesta
quarta-feira: através de uma rede social, ele pediu que o game "Pokémon GO" seja disponibilizado no Brasil antes dos Jogos Olímpicos de 2016. O
game para celular, que faz uso de realidade virtual, virou febre
imediatamente após seu lançamento, na última semana, mas ainda não saiu
no Brasil.
- Alô Nintendo! Faltam 23 dias para as Olimpíadas Rio-2016. O mundo todo
tá (sic) vindo pra cá. Venha também! - dizia a mensagem publicada no
perfil oficial de Paes em uma rede social.
O jogo, por enquanto, está disponível para download em smartphones
apenas nos EUA, Austrália e Nova Zelândia. A Nintendo, empresa japonesa
responsável pela franquia Pokémon, ainda não divulgouu quando o game
estará disponível no Brasil.
"Pokémon Go" se baseia na franquia de mídia criada em 1995 por
Satoshi Tajiri, sobre criaturas fictícias chamadas Pokémons, que são
treinados e capturados por humanos para lutarem entre si. No jogo, as
criaturas estão espalhadas pelo mundo real para serem capturadas pelos
jogadores.
Alô, Nintendo! Faltam 23 dias para as Olimpíadas Rio 2016. O mundo todo tá vindo pra cá. Venha também! #CidadeOlímpica #Rio2016 #PokemonGoNoBrasil.
Eduardo Paes e a polêmica com a Austrália
Austrália rejeita Vila da Rio-2016, e Eduardo Paes oferece canguru na porta.
O Comitê Olímpico da Austrália se recusou a entrar na Vila Olímpica
da Rio-2016 neste domingo (24), data em que o aparato foi aberto às
delegações esportivas, e foi buscar um hotel até que alguns problemas
internos fossem solucionados. Autoridades locais, contudo, foram
evasivas ao falar sobre os problemas encontrados por estrangeiros no
equipamento. Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio de Janeiro, chegou a
fazer piada e disse que pretende colocar um canguru na porta para tentar
fazer com que os representantes da Oceania mudem de ideia.
“A
gente está aqui para receber bem os visitantes. Ajustes que tiverem de
ser feitos vão ser feitos, e a gente vai ter toda a estrutura adequada.
Como anfitriões, o que a gente quer é que todos se sintam em casa. O
Brasil tem essa coisa de receber bem e de acolher, mas é uma mudança de
muita gente ao mesmo tempo. É natural que você tenha algum tipo de
ajuste a fazer, mas vamos fazer os australianos se sentirem em casa
aqui. Estou quase botando um canguru na frente para pular na frente
deles”, disse Paes na cerimônia de inauguração da Vila.
A expectativa do comitê organizador da Rio-2016 é receber até 14
delegações na Vila neste domingo. Entre as que chegaram inicialmente,
contudo, houve reclamações sobre condições de higiene dos quartos,
sanitários entupidos, vazamento de pias e até objetos que haviam sido
furtados no interior das dependências. Ao site australiano “The Age”, o
Comitê Olímpico da Austrália classificou o local como “inabitável”.
Construída
na zona oeste da cidade, a Vila Olímpica da Rio-2016 tem 31 prédios e
3.604 apartamentos. O conjunto foi executado por empresas privadas a
partir de um financiamento de R$ 2,33 bilhões da Caixa Econômica Federal
e tem estimativa de render até R$ 3,6 bilhões com a venda dos imóveis –
já há unidades à venda por até R$ 600 mil. A obra foi concluída no fim
de junho.
A soma de números envolvidos na construção, estardalhaço
em torno do gigantismo da Vila e data de entrega torna ainda mais
estranha a reação das autoridades locais à lista de problemas detectados
neste domingo. Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico
do Brasil) e do comitê organizador Rio-2016, chegou a dizer que é a
melhor edição de Vila Olímpica da história.
“Há problemas de
adaptação, mas nós vamos consertar isso. É um desafio enorme, mas nós
estamos confiantes de que tudo será solucionado a tempo”, disse Paes.
“Temos algumas coisas a corrigir ainda, mas temos tempo. Isso é normal”,
adicionou Janeth Arcain, prefeita da Vila. “Não há nada aqui que nos
desperte uma grande preocupação. São apenas ajustes internos”, completou
Nuzman.
Revolta australiana
A chefe de
delegação australiana, Kitty Chiller, apontou "problemas de vazamento,
banheiros inacabados, cabos à vista, escadas sem luz e pisos sujos, que
requerem limpeza profunda".
"Devido a diferentes problemas na
vila, de gás, eletricidade e encanamento, decidi que nenhum integrante
da equipe australiana será alojado no edifício que nos foi
reservado. Água estava caindo pelas paredes, havia um forte cheiro de
gás em alguns apartamentos e até curto-circuitos em cabos elétricos",
denunciou a australiana.
"Deveríamos ter entrado na Vila no dia 21
de julho, mas ficamos em hotéis próximos, porque a Vila simplesmente
não está segura, nem pronta", completou.
Fim da polêmica
Acabou a crise
Eduardo Paes encerra polêmica com a Austrália, ganha canguru e pede desculpa formal
O prefeito do Rio de Janeiro entregou a chave da Vila Olímpica para a delegação da Oceania
Nesta quarta-feira, Paes encontrou-se com Kitty Chiller, chefe da delegação australiana nos
Jogos Olímpicos Rio 2016, e atletas do país em cerimônia simbólica na Vila. O prefeito chegou com 25 minutos de atraso e os australianos foram pontuais.
No encontro, as trocas de afagos foram muitas. Paes entregou a chave da
cidade do Rio de Janeiro para o time australiano e mencionou que nenhuma
outra equipe que disputará a Olimpíada terá o mesmo agrado. Chiller,
por sua vez, deu de presente ao prefeito um canguru de brinquedo, com
luvas de boxe, e também uma camiseta da delegação do time da Oceania.
—
Vocês serão a minha segunda equipe aqui no Rio de Janeiro — declarou
Paes, durante seu discurso. A frase foi aplaudida pelos presentes.
O encontro serviu para encerrar a crise entre as duas partes. No último
domingo, a delegação australiana se recusou a entrar na Vila dos
Atletas, por causa de problemas nos apartamentos, como vazamentos, vasos
sanitários entupidos, fiação exposta e sujeira.
A reclamação
gerou repercussão, e Paes brincou na última segunda sobre a situação
dizendo que colocaria um canguru de brinquedo na Vila, para que os
australianos se sentissem mais em casa. A declaração, naquele momento,
não caiu bem. Tanto que, no encontro desta quarta-feira, Paes se
redimiu.
— Peço desculpas pelos comentários que eu fiz. Em nenhum
momento eu quis fazer piada, o canguru é um símbolo da Austrália. Agora
sei que colocaram um canguru na porta. Foi um mal-entendido, peço
desculpas — falou Paes.
